SUPLEMENTAÇÃO ORAL DE COLÁGENO: EFICÁCIA NA PELE, MITOS E VERDADES

Quando falamos de colágeno, nos referimos a uma das proteínas mais abundantes no corpo humano, com a função de fornecer firmeza, elasticidade e estrutura das nossas células, incluindo a pele.

Com o aumento da idade, perdemos a capacidade de produção adequada dessa proteína, ocorrendo menor disponibilidade. Os efeitos estéticos ficam aparentes, com o surgimento de flacidez e rugas, por exemplo.

Percebemos então, que é hora de corrigir essa perda e muitos imaginam que ao ingerir suplemento de colágeno, automaticamente seu aspecto jovem será recuperado.

Porém, esse processo por si próprio, não é eficaz. Isso por conta da maneira que as proteínas, inclusive o "colágeno ingerido", são metabolizadas pelo nosso organismo.

Isso provoca muitas dúvidas em relação a eficácia da suplementação oral de colágeno. De fato, precisamos entender um pouco o caminho percorrido pelo "colágeno" ingerido.

Em geral o "colágeno" comercializado, é uma composição de proteína, de origem animal, obtida no Brasil com subprodutos, como cartilagens, ligamentos e camadas internas do couro bovino.

Em nosso corpo, o colágeno é uma proteína formada por cadeias de aminoácidos como glicina, prolina, lisina, hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina, os quais são encontrados em vários tecidos como os ossos, tendões, veias, dentes, músculos e na pele.

Então quando consumimos colágeno, estamos ingerindo proteínas?

Isso mesmo, o "colágeno ingerido", ou seja, a proteína comercializada como colágeno, sofrerá o processo de metabolização no organismo e será absorvida na forma de aminoácidos, que são idênticos aos de outras proteínas.

Ocorre que os aminoácidos serão distribuídos para as células, com objetivo de formar proteínas em geral. Essa produção não possui endereço correto, o organismo irá direcionar e alocar onde entender que há necessidade.

Além desse processo, a vitamina C é de suma importância para sintetizar o colágeno, pois sem ela, o ciclo de produção de colágeno não se sustenta. Quando o colágeno é formado com a presença de vitamina C, as fibras são resistentes, sem ela, não há consistência adequada.

Portanto, quando ingerimos colágeno seja em cápsula, em pó, ou adicionado a bebidas, esses compostos serão absorvidos e metabolizados como aminoácidos, não tendo a eficiência necessária para distribuição de colágeno nos locais em que desejamos, como por exemplo quando ingerido para aumento de colágeno na pele.

Quando falamos sobre pele, entendendo que a perda de colágeno ocorre de forma progressiva e crescente, é importante evitar fatores que acelerem a degradação desse colágeno, como por exemplo a exposição excessiva ao sol sem fatores de proteção adequados. Além disso, devemos manter uma alimentação equilibrada e saudável, com proteínas em quantidades suficientes, além de frutas ricas em vitamina C.

Mesmo com todo esse cuidado, os efeitos da perda de colágeno na pele são visíveis. Ao olharmos para o espelho é possível ver flacidez, rugas, linhas de expressão, perda de volume facial, decorrentes de nosso envelhecimento natural.

Nesses casos, podemos provocar a produção de colágeno, estimulando e reestruturando as fibras de sustentação já existentes. De forma não cirúrgica, focada na região a ser tratada.

Alguns dos procedimentos que adotamos é a aplicação de PRP (plasma rico em plaquetas), bioestimuladores, fios de PDO (polidioxanona), microagulhamento e radiofrequência. Portanto, esses tratamentos poderão ser adotados de forma individual ou em conjunto, dependerá da necessidade e da área a ser tratada.

@dr.elielmessias

Suplementação Oral